• Formado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
  • Residência de Neurocirurgia na Santa Casa de Belo Horizonte.
  • Fellow em Radiocirurgia e Neurocirurgia Funcional pela Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA) EUA.
  • Neurocirurgião do Corpo clínico do Hospital Sirio Libanês e Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo
  • Autor do Neurosurgery Blog
  • Autor de 4 livros
  • Colaborador na criação de 11 aplicativos médicos.
  • Editor do Canal do YouTube NeurocirurgiaBR
  • Diretor de Tecnologia de Informação da Associação Paulista de Medicina (APM) 
  • Delegado da Associação Médica Brasileira (AMB)

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Tratamento de metástase cerebral ao longo das últimas décadas – Dr. Julio Pereira – Neurocirurgião São Paulo – Neurocirurgião Beneficência Portuguesa

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O tratamento de metástase cerebral, ou seja, a disseminação de células cancerígenas para o cérebro a partir de um tumor primário em outro local do corpo, tem apresentado avanços significativos nas últimas décadas.

Década de 1980:

  • Cirurgia era o principal tratamento, mas com resultados limitados devido à localização e tamanho das metástases.
  • Radioterapia craniana total era utilizada para aliviar sintomas como dor e convulsões, mas com efeitos colaterais como fadiga e perda de cabelo.

Década de 1990:

  • Desenvolvimento da radiocirurgia estereotáxica, que permitia a aplicação de doses precisas de radiação em áreas específicas do cérebro, com menor impacto em áreas saudáveis.
  • Início do uso de quimioterapia sistêmica para metástases cerebrais, com alguns resultados positivos em tumores específicos.

Década de 2000:

  • Cirurgias mais precisas e menos invasivas, com técnicas como neuronavegação e monitoramento neurofisiológico.
  • Desenvolvimento de novos agentes quimioterápicos mais eficazes contra o câncer cerebral.
  • Avanços na radioterapia, como a radioterapia modulada por intensidade (IMRT) e a radioterapia volumétrica com modulação de arco (VMAT), que permitem maior precisão e menor toxicidade.

Década de 2010:

  • Introdução de terapias-alvo, que atuam em genes e proteínas específicos envolvidos no crescimento das células cancerígenas, com resultados promissores em alguns tipos de tumores.
  • Imunoterapia, que estimula o sistema imunológico do próprio paciente a combater o câncer, vem se mostrando eficaz em alguns casos de metástase cerebral.

Atualmente:

  • Ensaios clínicos estão avaliando novas combinações de terapias, incluindo cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia-alvo e imunoterapia, para melhorar ainda mais os resultados do tratamento.
  • Pesquisa avança em técnicas como a edição de genes e a nanotecnologia para o tratamento de metástases cerebrais.

Conclusão:

O tratamento de metástase cerebral ainda é um desafio, mas os avanços das últimas décadas oferecem aos pacientes mais opções e melhores chances de sucesso. A escolha do tratamento ideal depende de vários fatores, como o tipo de tumor primário, o número e a localização das metástases, a idade e o estado geral de saúde do paciente.

Observações:

  • Este artigo é apenas para fins informativos e não deve ser usado para autodiagnosticar ou automedicar.
  • Se você tem metástase cerebral, consulte um médico para obter informações sobre as opções de tratamento mais adequadas para você.