• Formado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
  • Residência de Neurocirurgia na Santa Casa de Belo Horizonte.
  • Fellow em Radiocirurgia e Neurocirurgia Funcional pela Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA) EUA.
  • Neurocirurgião do Corpo clínico do Hospital Sirio Libanês e Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo
  • Autor do Neurosurgery Blog
  • Autor de 4 livros
  • Colaborador na criação de 11 aplicativos médicos.
  • Editor do Canal do YouTube NeurocirurgiaBR
  • Diretor de Tecnologia de Informação da Associação Paulista de Medicina (APM) 
  • Delegado da Associação Médica Brasileira (AMB)

Praça Amadeu Amaral, 47 – Conjunto 54 – 5º Andar – Bela Vista, São Paulo – SP, 01327-904

(11) 4200-2300

(11) 99503-8838 (WhatsApp)

julio.pereira@me.com

Julio Pereira - Doctoralia.com.br
Pesquisar

Radiocirurgia para Meningioma Temporal.  Dr. Julio Pereira – Neurocirurgião São Paulo – Neurocirurgião Hospital Sírio-Libanês

Compartilhe ►

Radiocirurgia para Meningioma Temporal

O que é o Meningioma Temporal

O meningioma temporal é um tumor cerebral benigno que se origina nas meninges, as membranas que revestem o cérebro. Embora geralmente apresente crescimento lento, pode causar sintomas como dor de cabeça, convulsões, alterações neurológicas e déficits cognitivos, especialmente quando atinge tamanho significativo ou comprime estruturas cerebrais próximas.

O que é Radiocirurgia

A radiocirurgia é uma técnica avançada de radioterapia que utiliza feixes de radiação altamente focados para destruir células tumorais, sem necessidade de incisões ou cirurgia convencional. O procedimento é realizado de forma ambulatorial, com alta precisão, minimizando danos aos tecidos saudáveis ao redor do tumor.

Indicações da Radiocirurgia para Meningioma Temporal

A radiocirurgia é especialmente indicada para:

  • Tumores pequenos ou de crescimento lento.
  • Meningiomas localizados em áreas de difícil acesso cirúrgico.
  • Pacientes com contraindicação à cirurgia convencional.
  • Tumores residuais após cirurgia ou recidivantes.
  • Casos em que o paciente prefere evitar cirurgia aberta.

Como é Realizado o Procedimento

  • O paciente é submetido a exames de imagem detalhados (ressonância magnética e tomografia).
  • Um planejamento computadorizado define a área exata a ser tratada.
  • Feixes de radiação são direcionados ao tumor com precisão milimétrica, geralmente em uma única sessão ou em poucas frações (radiocirurgia hipofracionada).
  • O paciente pode retornar às atividades normais rapidamente, pois não há necessidade de internação ou reabilitação prolongada.

Vantagens da Radiocirurgia

  • Alta precisão: Preserva tecidos cerebrais saudáveis.
  • Minimamente invasiva: Sem cortes, anestesia geral ou tempo de recuperação cirúrgica.
  • Baixo risco de complicações: Menor chance de déficits neurológicos e infecções.
  • Eficácia comprovada: Taxas de controle tumoral entre 90% e 97% em meningiomas temporais e de base de crânio.
  • Opção para tumores grandes ou próximos a estruturas críticas: A radiocirurgia hipofracionada permite tratar tumores maiores com segurança.

Resultados e Prognóstico

Estudos mostram que a radiocirurgia proporciona:

  • Controle do crescimento tumoral em 90% a 97% dos casos.
  • Redução dos sintomas neurológicos em grande parte dos pacientes.
  • Baixa taxa de efeitos colaterais, geralmente leves e temporários, como fadiga, dor de cabeça ou inchaço local.
  • Melhora da qualidade de vida, especialmente em pacientes com tumores inoperáveis ou de difícil acesso cirúrgico.

Efeitos Colaterais e Cuidados

Os efeitos colaterais são raros e, quando ocorrem, costumam ser leves e transitórios. Entre eles:

  • Fadiga
  • Cefaleia
  • Náusea
  • Inchaço local

O acompanhamento com exames de imagem periódicos é fundamental para monitorar a resposta ao tratamento e detectar possíveis recidivas.

Considerações Finais

A radiocirurgia representa uma alternativa segura, eficaz e minimamente invasiva para o tratamento de meningiomas temporais, especialmente em casos de tumores pequenos, localizados em áreas críticas ou em pacientes que não podem ser submetidos à cirurgia convencional. A decisão pelo tratamento deve ser individualizada, considerando as características do tumor, as condições clínicas do paciente e a avaliação da equipe multidisciplinar.