O tumor cerebral mais perigoso é o glioblastoma multiforme (GBM), reconhecido pela sua extrema agressividade e rápido crescimento. Originado das células gliais imaturas, o glioblastoma é um tipo de astrocitoma grau 4, o mais alto nível de malignidade segundo a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Sua característica principal é o comportamento altamente invasivo, crescendo de forma difusa e infiltrando o tecido cerebral ao redor, o que dificulta muito a remoção completa por cirurgia e contribui para sua alta taxa de recidiva.
Este tumor representa cerca de 15% dos tumores cerebrais primários e é responsável por muitos dos casos mais graves e de difícil controle. O crescimento rápido do glioblastoma resulta em aumento da pressão intracraniana, destruição do tecido cerebral e déficits neurológicos progressivos. Apesar dos avanços em cirurgia, radioterapia e quimioterapia, o prognóstico permanece desfavorável, com taxas baixas de sobrevida média após o diagnóstico.
Além da dificuldade no tratamento, o glioblastoma impõe um sério desafio pela sua capacidade de infiltração, dificultando a delimitação precisa do tumor para remoção cirúrgica e aumentando a chance de retorno do tumor mesmo após tratamentos agressivos. Pesquisas continuam focadas em terapias inovadoras para tentar melhorar os resultados para os pacientes acometidos por essa enfermidade.
Em suma, o glioblastoma multiforme destaca-se como o tumor cerebral mais perigoso devido à sua natureza maligna, invasiva, rápido desenvolvimento e resistência aos tratamentos disponíveis atualmente. A abordagem terapêutica envolve um esforço multidisciplinar para prolongar a sobrevida e preservar a qualidade de vida dos pacientes, mas o glioblastoma ainda representa uma das maiores dificuldades na neuro-oncologia moderna