Os cavernomas cerebrais, também conhecidos como angiomas cavernosos, são malformações vasculares do cérebro, caracterizadas por um aglomerado de vasos sanguíneos anormais e dilatados. Esses vasos sanguíneos frágeis formam uma espécie de “framboesa” cheia de sangue, que pode se romper e causar sangramento dentro do cérebro (hemorragia cerebral). Embora geralmente benignos, os cavernomas cerebrais podem causar uma variedade de sintomas neurológicos, dependendo de sua localização e tamanho.
Os sintomas mais comuns de cavernomas cerebrais incluem dores de cabeça, convulsões e déficits neurológicos focais, como fraqueza ou dormência em um lado do corpo, dificuldades na fala e alterações visuais. A frequência e a intensidade dos sintomas variam muito de pessoa para pessoa, e alguns indivíduos com cavernomas cerebrais podem permanecer assintomáticos por toda a vida. O risco de hemorragia também varia, sendo maior em mulheres, em cavernomas maiores e em casos de sangramento prévio.
O diagnóstico de cavernomas cerebrais é feito por meio de exames de imagem, como ressonância magnética (RM) do cérebro. A RM é o exame mais sensível para detectar essas malformações vasculares, permitindo visualizar sua localização, tamanho e características. Em alguns casos, a angiografia cerebral pode ser utilizada para avaliar o fluxo sanguíneo na região do cavernoma.
O tratamento dos cavernomas cerebrais depende da presença de sintomas, do risco de hemorragia e da localização da lesão. Em pacientes assintomáticos ou com sintomas leves, o acompanhamento clínico regular com exames de imagem periódicos é geralmente recomendado. Em casos de sintomas graves, hemorragia ou risco significativo de sangramento, o tratamento cirúrgico pode ser considerado. A cirurgia visa remover o cavernoma e prevenir futuras hemorragias, mas deve ser avaliada cuidadosamente, pois também apresenta riscos. Em casos, específicos, pode se avaliar a radiocirurgia.
A decisão sobre o tratamento mais adequado para cada paciente deve ser individualizada, levando em consideração os riscos e benefícios de cada opção terapêutica. É fundamental que o paciente seja acompanhado por um neurologista ou neurocirurgião experiente, que possa orientá-lo sobre o melhor curso de ação. Com o diagnóstico precoce e o manejo adequado, a maioria das pessoas com cavernomas cerebrais pode ter uma boa qualidade de vida.